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domingo, 5 de setembro de 2010

A nova guerra por talentos

Colunistas | Gestão

A nova guerra por talentos
Marco Leone
Atualizado em 30/08/2010
O mundo continua mudando… Só que agora cada vez mais rapidamente.
 
Atualmente medimos o tempo baseados no internet time, onde é tudo instantâneo e ao vivo. Os 15 minutos de fama prometidos por Andy Warhol serão considerados uma eternidade em poucos anos. Hoje, nos maiores sites de vídeo da Internet, a duração média de um vídeo popular é de 4 minutos, suas emoções e opiniões serão seguidas se puderem ser expressas em 140 caracteres, no máximo... O mundo de hoje é dos generalistas, dos verdadeiros mestres em buscas na Internet e daqueles que compartilham suas experiências nas redes sociais. A sabedoria não é mais de um só indivíduo – o sábio – e sim das multidões. A maioria dos produtos que você usará no seu dia-a-dia em cinco anos, ainda não foi nem inventada.
 
Qualquer um que conviva com jovens, entende muito bem tudo isso. Esses futuros consumidores terão muito poder de compra e verão o mercado por uma ótica quase impossível de ser prevista hoje.
 
A boa noticia é que todos os anos as universidades preparam uma nova geração de profissionais que possuem um conjunto de habilidades e competências que serão fundamentais para entender esse novo mercado e garantir a sobrevivência da sua empresa. A má noticia é que os melhores profissionais dessa nova geração serão ferozmente disputados pelas maiores e melhores empresas do mercado, que estão buscando a todo custo preparar um ambiente atrativo e que seja capaz de auxiliar a reter esse talento.O grande desafio é aprender a reconhecer esse individuo, conseguindo mantê-lo produtivo e motivado.
 
Quem é, afinal, esse obscuro objeto do desejo das grandes corporações e porque ele é tão valorizado assim?
 
O que ele procura e o que você pode fazer para que sua empresa se torne uma opção para ele?
 
O assunto não é tão novo assim, desde o inicio dos anos 90 fala-se da disputa acirrada por esses talentosos profissionais, mas se antes o perfil era de um jovem de classe média-alta com formação no exterior, hoje os especialistas o definem como aquele que têm as competências necessárias para solucionar problemas inéditos e de alta complexidade ou criar novas soluções. Ele é reconhecido por fazer a diferença como funcionário e como cidadão.
 
O modelo organizacional atual, baseado em hierarquias rígidas e concentração de informação e conhecimento, não é o que eles buscam. Eles se sentem atraídos por projetos inovadores e não mais por cargos, buscam empresas que, além de lucros, tratem também de um objetivo maior, uma causa. Se a visão da sua empresa não se parecer com um convite, está na hora de reescrevê-la, pois ela não terá efeito sobre eles.
 
O modelo de avaliação e remuneração que eles buscam é rígido, ético e meritocrático, onde todos tenham iguais condições de alcançar seus objetivos e o reconhecimento.
 
Você precisa  divulgar os seus valores de maneira clara para que possam ser conhecidos e compreendidos por todos e sua visão de futuro deve demonstrar que a empresa sabe para onde quer ir e que terá sucesso quando chegar lá.
 
Não pense que será simples a convivência com esse profissional, ele é questionador, apaixonado, precisa ser desenvolvido constantemente com treinamentos e fóruns para compartilhar suas experiências entre seus pares - dentro e fora da organização - e precisa ser bem remunerado com valores compatíveis aos que o mercado oferece a eles. Dessa forma, provavelmente, ele continuará motivado por bastante tempo.
 
É preciso, contudo, bastante atenção quanto a sua chefia imediata, pois esse chefe deverá estimular o seu talento fazendo-o se sentir parte da empresa e proporcionando-lhe as necessárias oportunidades de crescimento, já que situações de conflito com as chefias imediatas são a maior causa de perda de talentos para outras organizações.
 
As maiores oportunidades de negócios, os oceanos azuis ainda inexplorados, surgirão a cada momento e a sua capacidade para reagir a esses eventos inéditos virão desses profissionais e de todo o capital intelectual armazenado.
 
Por mais que você se considere preparado para atrair e reter talentos, não se iluda com o presente e se prepare já para o futuro.
 
 
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