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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Micro Focus prepara fase de expansão


Jornal Valor Econômico - Caderno de Empresas - página B3- Publicado em 1/8/2012
Micro Focus prepara fase de expansão

Por Moacir Drska | De São Paulo

Zé Barretta/Valor / Zé Barretta/ValorKevin Loosemore, da Micro Focus: crescimento previsto de 20% no Brasil
No mercado de tecnologia da informação (TI), a velocidade com que novos conceitos se transformam na onda da vez encontra poucos paralelos em outros setores. Para acompanhar esse ritmo e se manterem relevantes, muitas empresas escolhem como o caminho mais curto investir em aquisições. No entanto, a necessidade de integrar as novas operações pode se mostrar uma parte dolorosa nesse processo.
A inglesa Micro Focus é uma das companhias que vivem esse desafio. Há 36 anos no mercado, a empresa ficou conhecida por criar sistemas para mainframes, os grandes computadores que centralizam o processamento de dados de segmentos como bancos e telecomunicações. Com o avanço da migração dos clientes para estruturas de TI baseadas em computadores pessoais e a tendência do uso mais restrito dos mainframes, a Micro Focus investiu - no período de 2007 a 2010 - cerca de US$ 323,7 milhões em sete aquisições para ampliar seu foco de atuação.
Com os acordos, a empresa investiu em duas novas frentes. A primeira delas foi a de softwares que auxiliam as empresas a modernizarem seus ambientes de mainframe, sem que para isso tenham de investir grandes somas. A segunda vertente concentrou-se em sistemas que controlam todo o ciclo de desenvolvimento de um software, desde a definição das funções até a fase de testes da aplicação.
O resultado das aquisições, no entanto, trouxe sérios impactos para os negócios da Micro Focus. "As integrações não foram tão rápidas como deveriam. Assim, decidimos suspender as aquisições e o lançamento de produtos nos últimos 18 meses para concentrar nossa atenção nessas incorporações", disse Kevin Loosemore, presidente do conselho de administração da Micro Focus. No processo de reorganização das operações da empresa, o executivo passou a acumular, em abril de 2011, o cargo de executivo-chefe da companhia.
Como reflexo da decisão de interromper o lançamento de novas versões de seus softwares, a Micro Focus registrou uma queda de 15,2% nas vendas de licenças de sistemas no ano fiscal 2011, encerrado em 30 de junho do ano passado. Com isso, o ano fiscal 2012 foi marcado pela queda nas receitas dos serviços de manutenção, o que levou a Micro Focus a fechar o período com uma receita de US$ 434,8 milhões, contra US$ 436,1 milhões no exercício anterior.
Segundo Loosemore, nesse intervalo a Micro Focus dedicou-se a identificar eventuais sobreposições de ofertas e a reformular seu portfólio, o que incluiu investimentos em pesquisa e desenvolvimento. O processo envolveu também mudanças nos cargos de liderança, a definição de um novo cronograma de lançamentos e a formulação de um plano de investimentos em marketing para reposicionar a empresa.
Passada essa fase, a Micro Focus projeta, agora, o início de uma retomada, com perspectivas de obter resultados mais expressivos a partir do ano fiscal 2013. "Agora temos um bom pacote de produtos e toda a equipe sabe claramente por onde devemos ir", afirmou Loosemore.
O Brasil é uma das apostas nesse novo momento. A empresa começou a operar diretamente no país em 2010, a partir das aquisições da Borland e da divisão de testes de aplicativos da Compuware. Nesses dois anos, a companhia deu prioridade à estruturação da subsidiária. "Mesmo sob os impactos da integração, a matriz investiu na contratação de pessoal e no amadurecimento do projeto no Brasil. O momento agora é de crescer", disse Marco Leone, que está à frente da subsidiária há cerca de um ano.
Além das perspectivas positivas de suas novas ofertas no mercado local, a companhia enxerga um grande potencial no Brasil, pelo fato de o país concentrar uma base expressiva de mainframes, especialmente em segmentos como bancos, governo e varejo. Atualmente, o país responde por menos de 5% da receita global da empresa. "Mas, enquanto nossa projeção global para este ano fiscal é de uma receita ainda estagnada, para o Brasil, nós prevemos um crescimento de 20% nesse período", acrescentou Loosemore


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