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domingo, 25 de setembro de 2011

A matrix nas organizações globais

Gestão A matrix nas organizações globais Marco Leone Fernandes Publicado em 06/06/2011 às 11:51 Cada vez mais, empresas globais aproveitam as sinergias de novos mercados para reduzirem os riscos encontrados em mercados estáveis e com baixo prognóstico de crescimento em curto prazo. Um dos efeitos colaterais dessa globalização das grandes multinacionais é a replicação de estruturas organizacionais complexas, mesmo quando operam em mercados emergentes ou como startups. Um modelo que vem se tornando muito popular é o de gerenciamento matricial, aonde a liderança regional é complementada por uma liderança especialista, que contribui com o compartilhamento de melhores práticas e do direcionamento estratégico corporativo para produtos e serviços. Um dos grandes riscos desse modelo está no conflito da liderança funcional e regional, que pode trazer perda de produtividade ou ainda uma grande dificuldade no estabelecimento de prioridades e do senso de urgência e de importância. No outro lado da mesma moeda, um dos maiores benefícios desse modelo é a flexibilidade para utilização de membros de diversas equipes em projetos distintos, criando verdadeiros times virtuais, sem a rigidez do modelo hierárquico tradicional. A orientação específica para o projeto/departamento cria uma maior especialização e garante maior foco nos resultados. Esse modelo é muito apreciado pelos jovens talentos das empresas, que preferem estar orientados a objetivos comuns e específicos, e menos encapsulados em modelos hierárquicos mais rígidos. A garantia do sucesso na implantação deste modelo é estabelecer canais eficientes de comunicação que permitam o alinhamento e a transparência na gestão remota dessas equipes, bem como uma sincronia entre os gerentes quanto às decisões e critérios de avaliação de desempenho e remuneração. Aspectos culturais de cada região podem afetar negativamente esse modelo, pois para um funcionário ineficiente, é bem melhor se reportar para um chefe que está a dez mil milhas de distância do que para alguém que está indesejavelmente na sala ao lado. Nessa hora, a falta de integração e coordenação entre as lideranças pode criar um ambiente propício para ineficiência e baixa produtividade. Bem conduzido, o modelo matricial é muito eficaz, pois alinha os objetivos locais a estratégia global, se favorecendo dos exemplos de sucesso da organização. Mal conduzido, corre-se o risco de gerar uma ambiguidade de comando ou omissão de gestão, o que em ambos os casos trará péssimos resultados para a organização e para o grupo. Nesse caso vale o dito popular: “Cachorro que tem dois donos, acaba morrendo de fome!”.

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