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domingo, 23 de maio de 2010

A hora da virada para a pequena e média empresa no Brasil

A hora da virada para a pequena e média empresa no Brasil
Marco Leone
Atualizado em 08/03/2010
Em todo o mundo, e especialmente no Brasil, há claros sinais na economia que a grande crise financeira está próxima do seu fim. É fato que, em vários países, o seu impacto foi diferente. Enquanto temos de uma lado a China, que parece não ter tido contato com a crise, face ao crescimento da sua economia, por outro lado, alguns países da Europa e da própria América do Norte ainda estão fazendo sua lição de casa para amenizar os seus impactos.

No Brasil, a queda da taxa de juros nominal, o câmbio estável, a atração de capital externo refletida na alta da Bovespa e os sinais claros da volta do crédito demonstram a confiança dos investidores, empresários e executivos.

A maioria das empresas precisou se adaptar a este momento, privilegiando o caixa da empresa e cortando fundo as despesas. Infelizmente, muitas vezes o esforço para equilibrar investimentos e lucratividade acaba acarretando na perda de talentos e de capital intelectual.

E veja: por mais incrível que isto pareça, é mais fácil diminuir a estrutura do que voltar a crescer.

Toda empresa, mesmo as que trabalham com estrutura muito enxuta, conseguem, se for realmente necessário, cortar de 5% a 10 % da sua folha de pagamento e administrar este impacto.

Mas quanto tempo leva para aumentar em 5% ou 10% o quadro de funcionários de qualquer empresa? Nesta hora, quanto maior for a empresa, mais rígido deverá ser o processo de seleção, de capacitação, de aprendizado de normas e procedimentos, sem falar na briga do mercado por um bom recurso em um momento de retomada. Já pensou como se sente o funcionário que aguentou firme a crise, e agora se sente desprestigiado frente aos novos contratados?

Esta é a grande oportunidade para as pequenas e médias empresas no Brasil, nos momentos de retomada. Para uma grande empresa é mais fácil olhar para um provedor de serviços de menor porte e mais ágil, capaz de integrar a sua cadeia de valor, do que tentar repor os talentos perdidos de uma hora para outra.

É claro que uma PME que se preocupou em manter rígidos controles financeiros e contábeis, que procurou investir em capacitação dos seus funcionários, terá acesso privilegiado ao crédito, bem como a preferência dos clientes de grande porte e prioridade no atendimento pelos fornecedores.

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